TRANSTORNOS MENTAIS
DEPRESSÃO
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DEPRESSÃO
A depressão é uma das doenças mais prevalentes no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que nos próximos 20 anos, a depressão ocupará o segundo lugar no ranking de doenças mais dispendiosas e fatais.
Uma em cada cinco pessoas irá, num determinado momento da sua vida, sofrer de uma forma de depressão. Habitualmente, trata-se de um mau estar temporário relacionado com um acontecimento negativo – como a morte de um ente querido, um divórcio, um familiar doente – que melhora gradualmente. No entanto, esta doença pode ter um grande impacto na vida da pessoa, com cerca de 3% a 4% dos homens e 7% a 8% das mulheres a sofrer de depressão moderada a grave.
Conhecer os sintomas, saber quem o pode ajudar e, quais os tratamentos disponíveis irão permitir-lhe lidar com a depressão e intervir rapidamente.
O que é a depressão?
A Depressão é um transtorno emocional/psicológico caracterizado por sentimentos de angústia e tristeza profunda. A tristeza é normal, todos nós nos sentimos tristes em algum momento, mas quando não conseguimos gerir as emoções, a nossa paz interior é afetada e perdemos a energia que nos move para viver uma vida feliz.
A palavra Depressão deriva do latim deprimere, que significa “prensar, esmagar, afundar”. O sentimento mais comum de uma pessoa deprimida é a angústia e o aperto sentido quando pensamos ou estamos em situações de vida que nos perturbam e entristecem.
A Depressão, quando não tratada, pode tornar-se numa espiral de angústia tão grave, que a morte pode parecer a única saída.
SINAIS A QUE DEVES ESTAR ATENTO
Mas são estes os únicos sintomas depressão?
Os sintomas dizem respeito ao modo como a pessoa se sente e não se esgotam nesta pequena lista que apresentámos acima. Na maioria das vezes, os jovens durante um episódio de depressão vivenciam alguns deles ou vários de forma mais ou menos acentuada e tudo dependerá da perspectiva e sentimentos de cada um.
Não é igualmente normal:
- Sentires um vazio, sentires-te perdido e sem esperança que as coisas melhorem;
- Sentires-te muito ansioso e preocupado sem motivo aparente;
- Perderes o apetite ou teres apetite em excesso;
- Autoculpabilização (sentires que és culpado pelo que ocorre de mal a tii ou aos outros);
- Sentires uma diminuição acentuada da vontade e desejo sexual;
- Sentires dores fortes e injustificáveis (exemplos: dores de cabeça; dores lombares);
- Deixares de conseguir adormecer, ou então dormires mais que o habitual;
- Vontade de estares completamente sozinho;
- Pensares que os outros te vêem como uma pessoa sem valor;
- Crises de choro
- Sentimentos de inutilidade
- Irritabilidade
ESTÁ ATENTO...
Na família, em casa, na escola com colegas, amigos e professores, ou então noutras situações sociais, estes sintomas tratam-se de indícios de que algo se passa de errado ou de que algo não está bem, sendo por isso um motivo de alerta. Por si só, não significam que a pessoa tem uma depressão.
Na depressão, os sintomas de tristeza e a incapacidade de encontrar prazer e alegria na vida são mais extremos e prolongados.
Causas da depressão
São as más experiências do passado que nos trazem angústia e tristeza. Sentimos angústia sempre que nos deparamos com experiências que quebram o estado de motivação, como ofensas, incompreensões, violência, entre tantas outras circunstâncias que nos retiram a paz interior e a alegria. Muitas vezes, sofremos com experiências que colidem com os nossos sonhos, com as nossas ambições e que prejudicam a nossa auto-estima e auto-confiança.
Experiências como traumas, violência infantil, bullying, divórcios, relacionamentos difíceis, podem ser vividos com uma intensidade tal que se pode tornar difícil ultrapassá-las.
Quando as emoções causadas por essas experiências não são geridas nem ultrapassadas entramos num estado de Depressão.
E como lidar?
Esta doença pode instalar-se gradualmente, sem ser fácil perceber de imediato o impacto que está a ter. Os cuidadores, pela exigência do seu papel, podem estar mais suscetíveis à depressão.
Se reconheces em ti alguns destes sintomas, pode estar com depressão.
Há pequenas coisas que podes fazer para enfrentar a depressão. A eficácia destas soluções varia de acordo com o indivíduo, mas indicamos aqui algumas sugestões que podem ajudar.
ALGUMAS IDEIAS:
TRATAMENTO
Caso apresentes sintomas de depressão, deves marcar uma consulta com o teu médico. É importante que este passo seja dado o mais cedo possível para que possas começar um tratamento na fase inicial da doença.
Se o teu médico achar que tens uma depressão ligeira, é possível que te peça apenas para voltar a marcar uma consulta dentro de poucas semanas.
MEDICAÇÃO
Caso o teu médico assim entenda, pode ser-te prescrito um antidepressivo por um breve período de tempo para que te comeces a sentir melhor. Estes medicamentos são muito eficazes e podem ajudar-te a melhorar mas é uma abordagem que exige ajustes, nomeadamente, em termos de dosagem.
PSICOTERAPIA
Este tipo de tratamento oferece a possibilidade de falar dos teus sentimentos e das dificuldades que sentes e pode ajudar-te a gerir melhor o stress e a depressão.
Em determinados casos, pode ser benéfico o tratamento conjunto com antidepressivos e psicoterapia.
PARA REFORÇAR
Se sentes de alguma forma que te identificas com algum dos sintomas ou situações como as que identificámos e se gostavas de perceber melhor onde procurar ajuda, consulta outros separadores sobre este tema.
burnout
Portugal ocupa o primeiro lugar de um ranking que analisou o risco de burnout nos 26 países da União Europeia.
A Organização Mundial de Saúde incluiu na sua classificação internacional de doenças, em 2019, o burnout como um fenómeno ocupacional, que é causado por “culpa” do trabalho e não por conta de uma condição médica.
A Associação Portuguesa de Psicologia de Saúde Ocupacional, tem vindo a alertar, nos últimos anos, para uma taxa cada vez mais elevada de situações relativas a stress no trabalho e de um elevadíssimo (87%) número de trabalhadores que não se sentem recompensados com a sua atividade profissional.O que é o Síndrome de Burnout?
Segundo o Serviço Nacional de Saúde, o burnout é um “estado de esgotamento físico e mental causado pelo exercício de uma atividade profissional”. Esta síndrome pode ocorrer quando as exigências laborais são desajustadas face aos conhecimentos e/ou capacidades dos trabalhadores.
É por isso que ela é também conhecida como stress profissional. Porém, o impacto do burnout não se resume à perda de produtividade laboral, chegando mesmo a condicionar a vida pessoal.
A síndrome de burnout caracteriza-se por três diferentes dimensões/etapas:
Esgotamento: sensação de desgaste e exaustão física e emocional
Despersonalização: o contacto passa a ser mais impessoal e sem afetividade, sendo-se pouco empático com o outro
Redução da produtividade: maior desmotivação com trabalho, o que leva à perda de sentido e interesse. Como consequência, a sensação de realização profissional é afetada.
Ao caracterizar-se como um estado de exaustão, seja a nível físico, emocional, mental ou comportamental, o burnout tem consequências que, mais cedo ou mais tarde, são visíveis no organismo. Estar em burnout é viver num stress constante, sempre em alerta.
E em termos biológicos, tudo fica desregulado. Aumentam os níveis de cortisol (hormona do stress), assim como a tensão arterial e a glicemia (nível de açúcar no sangue).
Por outro lado, os sistemas hormonal, neuroendócrino e imunológico ficam desequilibrados. Em consequência, as defesas do organismo ficam fragilizadas e torna-se mais provável o aparecimento de doenças.
SINAIS A QUE DEVES ESTAR ATENTO
PREVENÇÃO
Praticar exercício físico e técnicas de relaxamento, assim como conviver com os outros são formas reconhecidas pela ciência que ajudam a regular o organismo e a restabelecer a calma. O melhor, é começares a pô-las já em prática.
TRATAMENTO
Nos casos de Burnout, o tratamento é complexo e envolve várias valências. Idealmente deverá haver uma melhoria nas condições e relações de trabalho, sendo que em casos mais extremos, deverá haver um afastamento temporário (baixa médica) até que a pessoa se restabeleça e encontre o seu equilíbrio emocional.
ANSIEDADE
A ansiedade é uma emoção normal que tem até componentes positivas ou úteis, em condições normais – ajuda a identificar situações de perigo e permite uma melhor preparação para as enfrentar. Quando bem controlada, atua sobretudo como estimulante. Em excesso, causa sofrimento desnecessário e lacerante, com consequências graves na saúde, finanças pessoais, círculos familiares e sociais de quem a experiencia.
Se te revês em alguma das situações abordadas abaixo, nãoo penses que estás sozinho e procura por aqui um ponto de partida para procurar ajuda.Ansiedade - o que é?
Tipicamente caraterizada por sentimentos de tensão, preocupação, insegurança, a ansiedade surge também acompanhada por alterações físicas como o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, sudação, secura da boca, tremores e tonturas.
A ansiedade e os seus sintomas podem interferir negativamente com a capacidade de levar a cabo atividades diárias e causar sofrimento físico e/ou emocional significativo.
É importante referir que a ansiedade é um estado mental e emocional normal e útil ao ser humano, mas quando sentida sem uma razão aparente, ou de uma forma excessiva e continuada, torna-se num problema de saúde, ou seja, numa doença psicológica. A ansiedade enquanto perturbação psicológica torna-se extremamente incapacitante e limitadora.
As evidências demonstram maior prevalência de perturbações depressivas e de ansiedade entre as mulheres. Em Portugal, existem poucas evidências dessa tendência, embora alguns estudos recentes sugiram que o género feminino é mais suscetível a esse tipo de perturbação.SINAIS A QUE DEVES ESTAR ATENTO
Diferentes tipos de ansiedade
Há vários tipos de Ansiedade, sendo que o medo é uma característica comum a todos eles. Por isso, importa perceber as diferenças das características e das manifestações dos diferentes tipos de Ansiedade.
- Ataques de Pânico
- Perturbação Obsessiva Compulsiva
- Timidez e Fobia Social
- Fobias
- Insónias
- Stress Profissional (Burnout)
PARA REFORÇAR
Se sentes de alguma forma que te identificas com algum dos sintomas ou situações como as que identificámos e se gostavas de perceber melhor onde procurar ajuda, consulta outros separadores sobre este tema.