PLANO DE CARREIRA
QUEM SOU EU?
SWOT PESSOAL
DIRECÇÃO DE CARREIRA
TRAÇAR UM PLANO
COMO TRAÇAR UM PLANO DE CARREIRA?
Há quem tenha desde sempre uma ideia sobre o que queriam ser quando “fossem grandes”. Se não és um desses aparentemente sortudos, existem vários métodos que te podem levar à resposta à grande pergunta – que emprego escolher?
Comecemos pelo início. Sabes responder à pergunta "Quem sou eu?"
- Uma, e talvez a primeira, é explorar os teus talentos
- Depois, respondendo a testes psicométricos para explorar as tuas preferências.
Para explorar os teus talentos...
- Quando é que foste mais comprometido, apaixonado e entusiasmado?
- Em que situações notaste que foste mais criativo?
- Quando é que te sentiste mais seguro de ti próprio e das tuas decisões?
- O que consideras a tua maior realização?
- Se já trabalhaste em algo, o que mais gostaste nesse trabalho?
- Pelo que sabes que conseguirias assumir uma posição muito forte?
- O que acontece com o mundo que perturba-te de alguma forma?
- No que escolherias trabalhar se o trabalho fosse apenas uma escolha e não uma necessidade?
- Que tipo de actividades gostas fora do trabalho?
Inventários de personalidade
Mastigados que foram os teus talentos e características, sugerimos agora que tentes completar questionários de personalidade – podem ser uma óptima ferramenta para analisar a tua forma preferida de trabalhar relativamente/quando comparado com outras pessoas.
Existem muitas tipologias disponíveis e várias empresas, marcas e ciências dedicadas aeste género de testes.
Alguns exemplos – Myers-Briggs, DISC® “Now Discover Your Strengths”.
O PREÇO
Alguns testes custam dinheiro que te pode custar a investir neste momento. No entanto, considera a importância que terá alguma destas análises e provavelmente vais descobrir que valerá cada cêntimo!
...MAS COMO?
Pode ser difícil inicialmente ver como aplicar este género de testes. Um truque é, ao identificar possíveis carreiras, pensar em qual tipo de personalidade (das que estudaste e encontraste nos questionários) tem mais probabilidade de ser bem-sucedida nessas carreiras. Existe uma correspondência ou uma incompatibilidade? Vai pensando, já estás a dar passos gigantes!
CALMA
Vamos cá ver as coisas – esses testes são apenas uma orientação – é impossível captar toda a complexidade da tua personalidade e experiência com apenas algumas perguntas. MAS…. também acreditamos que vais encontrar testes bastante perspicazes!
É possível pedir crédito sem fiador?
- Ter de preferência, 20% de capital próprio;
- Uma taxa de esforço baixa;
- Ter uma situação profissional estável;
- Ter um histórico de pagamentos regulares de crédito;
- Possuir imóveis ou outros bens em teu nome;
UMA OUTRA ABORDAGEM AO TEMA...
O MÉTODO IKIGA
Análise SWOT
Sabemos que acabaste de dedicar esforço e intenção em todo um brainstorming sobre quem és, o que gostas, o que fazes bem, o que gostarias de fazer.
Mas também sabemos, ou supomos, que pelo menos para a generalidade das pessoas isso não será suficiente para que “se faça luz” e de repente seja completamente claro o que pretendes fazer ou seguir na tua vida profissional.
Por isso, vamos a mais uma ferramenta, numa óptica mais concisa e mais pragmática, que pressupõe que já tenhas explorado o teu interior e te tenhas questionado conforme sugerimos anteriormente.
A ANÁLISE SWOT
O que propomos não é novamente que inventes a roda, descobrindo e questionando tudo o que sentes e pensas, mas sim que utilizes uma ferramenta considerada clássica, que diversas organizações usam para analisar sua posição estratégica.
No mundo empresarial, a análise SWOT incentiva as empresas a olharem para si próprias e a escrutinarem-se, examinado factores internos que afetam o desempenho do negócio, identificando as suas melhores chances de sucesso (pontos fortes e
oportunidades) e a que devem estar especialmente atentos para que possam melhorar e prosseguir (fraquezas e ameaças).
Ora, acontece que é possível aplicar o mesmo processo a ti próprio e é possível fazê-lo também na óptica de análise à tua actual ou futura carreira.
É possível com a carreira e com qualquer aspecto da nossa vida – para atingir um objetivo, para eliminar fraquezas que te podem prejudicar e parar identificar oportunidades para
Explorar.
O QUE É UMA ANÁLISE SWOT?
SWOT é o acrónimo para:
S - STRENGTHS (FORÇAS)
Vamos ser práticos – não é suposto identificar os teus pontos fortes para te gabares disso. É só e apenas uma forma prática e necessária te moveres em direcção aos teus objetivos pois será muito mais fácil atingi-los se incluirem aquilo em que tens qualidade ou aquilo que te sai com naturalidade.
Tens verdadeira noção de quais são os teus pontos fortes? Tenta responder com honestidade:
• No que sou realmente bom?
• Que habilidades tenho e que outras pessoas me elogiam frequentemente ou às quais me pretendo associar?
• O que eu faço/que habilidade tenho que é única e me diferencia?
Os pontos fortes incluem coisas como:
• Educação/conhecimento.
• Experiência.
• Competências/habilidades/habilidades/aptidões.
• Interesses.
• Traços de personalidade.
• Recursos a que tens acesso e contactos que podes utilizar
W - WEAKNESSES (FRAQUEZAS)
Sendo práticos outra vez: todos nós temos fraquezas. Algumas temos perfeito conhecimento porque sempre convivemos com essa fragilidade, outras são-nos relembradas por quem toma contacto conosco.
Podem ser maus hábitos ou habilidades subdesenvolvidas.
A boa notícia é que se estamos aqui a analisar com franqueza estas questões é exactamente porque as podemos melhorar.
Se conseguires minimizar as tuas fraquezas, talvez consigas identificar facilmente que tipo de metas serão inatingíveis para ti e nem valerá a pena idealizá-las.
Os teus pontos fracos são tão importantes como os teus pontos fortes: só depois de os reconhecer e compreender, vais poder trabalhar para os eliminar ou gerir da melhor forma.
O - OPPORTUNITIES (OPORTUNIDADES)
Uma oportunidade é um evento, tendência ou mudança que aqui vemos como potencial para ser aproveitada no futuro.
Pensa em como desejas que a tua carreira se desenvolva e possa crescer. Provavelmente vais quer aprender e praticar novas habilidades e assumir novas responsabilidades. Mas as oportunidades para fazê-lo nem sempre são óbvias.
Podem surgir de repente e possivelmente não vão durar muito tempo, então precisas de estar preparado para aproveitá-las ao máximo.
Há também a questão de criar as tuas próprias oportunidades. Perguntar sobre
experimentar novos papéis e voluntariar-te para projetos que te podem interessar.
Aqui não valem pensamentos de auto-sabotagem como “não mereço esta oportunidade” ou “não tenho qualificações suficientes”. Desafia-te a ti mesmo a trabalhar para desenvolver uma atitude mais “posso fazer” e não de “isto não é para mim”.
T - THREATS (AMEAÇAS)
No quadrante oposto das oportunidades, as ameaças são quaisquer eventos ou tendências que têm o potencial de comprometer o teu sucesso. Não podes controlá-los directamente mas o mais provável é que possas geri-los, conte-los ou neutralizá-los para que não causem tantos danos como causariam caso não os tivesses visto ou prevido.
Ameaças de carreira podem parecer estar fora do teu controlo, especialmente se forem causadas por mudanças estratégicas na empresa ou problemas em geral da economia. No entanto, ser capaz de antecipar e adaptar teus planos de carreira de acordo com as mesmas, garantimos que estarás em vantagem.
A chave para preencher a seção “Ameaças” da tua análise SWOT deves ser perspicaz o suficiente para detectar problemas que podes enfrentar, sem te preocupares excessivamente com coisas que provavelmente não acontecer.
Parece também uma coisa muito genérica e difícil de ver na prática? Manda-te nesta análise SWOT que podes preencher e ver com clareza o quão pertinente pode ser na tua descoberta por uma carreira, seja a primeira ou uma outra, que agora queiras prosseguir.
Carreiras e como descobrir direções de carreira
Se te perdeste (e encontraste!) pelo separador “Quem eu sou” e até fizeste a tua análise SWOT, estás em condições para seguir em frente.
Para perceber que direcção pretendes que tome a tua carreira ou até, entender se os passos que tens dado nela estão em concordância com quem és, existirão outras tantas mil abordagens, quase tantas como as dúvidas que uma questão como esta levanta.
Actualmente, é pacífica a ideia de que as carreiras, os empregos ou as funções que desempenhamos actualmente não terão de ser as mesmas que nos ocuparão o resto dos dias. A vida muda todos os dias, nós com ela e o nosso emprego com certeza poderá (e deverá até!) reflectir isso mesmo.
Então, mas como levar a cabo uma tarefa destas?
Dirá a teoria que terás de perceber quais as características aliadas ao trabalho que queres/fazes que tornam essa tarefa agradável, interessante e estimulante para ti.
Aqui, sugerimos que dês oportunidade ao modelo “ ncora de carreira”, um conceito desenvolvido por Edgar Schein, que entre tantas e fantásticas coisas, foi um professor e psicólogo organizacional e de dinâmica de carreira, que identificou oito “âncoras de carreira”.
As âncoras de carreira
1. Técnico/Funcional
Quem se inserir nesta categoria será, por excelência, um profissional altamente qualificado ou especialista em um determinado campo. As pessoas com esta âncora são muito orientadas para aprimorar habilidades e circulam em ambientes desafiadores onde podem mostrar e continuar a elevar a sua experiência.
O tipo de trabalho que essas pessoas procuram pode ser em qualquer especialidade, seja a indústria ou organização, desde que sejam capazes de mostrar seus talentos regularmente e talvez por isso, as oportunidades de ensinar e orientar outros sejam particularmente atraentes para trabalhadores desta âncora.
2.Geral/Genérico
Contrariamente aos “técnicos/funcionais”, o quem se insere nesta âncora vê a especialização como limitante. Essas pessoas não querem ser especialistas: elas querem ter especialistas a trabalhar para elas. Gostam de delegar, treinar, resolver problemas, dirigir e lidar com pessoas. Essas pessoas tendem a ser analíticas e têm habilidades interpessoais bem desenvolvidas.
Diz a teoria que se encontrarão, por isso, em todos os sectores e tipos organizacionais e as chaves para sua motivação são a liderança, a responsabilidade e a colaboração.
3. Autonomia/Independência
Essas pessoas preferem trabalhar em ambientes onde possam fazer as suas próprias regras, estabelecer seus próprios padrões e trabalhar independentemente dos outros. Querem controlar o trabalho que fazem do início ao fim e querem ser reconhecidos pelo que realizaram, sozinhos.
Pessoas com uma âncora em Autonomia/Independência são mais adequadas para cargos em que recebem um conjunto de expectativas e depois serão eles próprios a realizá-las/concretizá-las, sem ser necessário trabalho de equipa.
Boas opções de carreira incluem consultoria e contrato ou trabalho de projeto.
4. Segurança/Estabilidade
Já quem se insere nesta âncora, prefere evitar riscos – ao contrário dos anteriores, que estão sempre e necessariamente expostos a eles. Preferem ambientes calmos, estáveis e previsíveis e ficam satisfeitos quando realizam seu trabalho com competência. Adoram trabalhar em organizações altamente estruturadas, onde as regras e expectativas são claras. Se tivessem escolha, seriam essas pessoas que permaneceriam com o mesmo empregador até se à reforma.
Serão frequentemente encontrados em grandes empresas centralizadas ou multinacionais bastante organizadas e estratificadas e em organismos públicos. O tipo de trabalho que fazem é menos importante do que o que o trabalho oferece em termos de remuneração, benefícios e uma cultura organizacional estável.
5. Criatividade empreendedora
As pessoas nesta âncora são inventivas, criativas e enérgicas. Expressam sua criatividade iniciando novos negócios ou liderando novos projetos e novos rumos para a organização em que trabalham. Estas pessoas valorizam a propriedade e, ao contrário daquelas com preferências de Autonomia/Independência, gostam de trabalhar com outras pessoas e reunir o talento de que precisam para realizar seu sonho ou criação.
Muitas das pessoas que se situam nesta âncora são donos de empresas e a riqueza geralmente é uma medida de sucesso. O ambiente de trabalho para pessoas com essa âncora deve ser dinâmico, pois aborrecem-se com muita facilidade.
6. Serviço/Dedicação a uma causa
Esta âncora é caracterizada pelo desejo de servir aos outros. As pessoas nesta categoria são motivadas pelo trabalho que reflecte o seu conjunto de valores fundamentais, mesmo que esse trabalho não esteja relacionado directamente com os seus talentos. Por norma, vêem seu trabalho como uma extensão de quem são e do que representam.
É fácil encontrá-los em organizações de ajuda ao próximo e em organizações sem fins lucrativos. O sector de serviços públicos é atraente, assim como as profissões de ajuda dentro das organizações (RH, aconselhamento, enfermagem).
7. Puro Desafio
Estas pessoas atingem o seu potencial na resolução de problemas e na superação de desafios. São muito competitivos e veem os obstáculos como oportunidades para se testarem e verem o seu desempenho. Mais do que ficar facilmente entediados (como quem se situa na âncora “criatividade empreendedora”) quem se revê nesta âncora precisa de mudar constantemente para se manterem motivadas. Estas pessoas muito provavelmente terão mais do que uma carreira na vida e mudam de emprego com frequência.
O ambiente de trabalho mais adequado a esta âncora são os que incentivam a competição e o esforço individual, e como são bons exemplos as profissões de venda (como os comerciais de vendas) ou qualquer uma onde exista extrema pressão para o desempenho, como o método de remuneração por objetivos.
8. Estilo de vida
As pessoas que encaixam nesta âncora entendem que o trabalho é apenas uma parte da vida.
A capacidade de equilibrar trabalho-família-lazer é extremamente importante para este grupo de pessoas, que com certeza vão escolher um trabalho que lhes permita alcançar esse equilíbrio. Recusam oportunidades que vão atrapalhar outras partes da vida e provavelmente vão tirar licenças prolongadas para viajar ou realizar trabalho voluntário.
Pessoas com estilo de vida “trabalham para viver” em vez de “viver para trabalhar”, e procuram organizações que proporcionem uma cultura descontraída e descontraída.
Será fácil cruzarmo-nos com alguém desta âncora em cargos de alta rotatividade ou em part-time, onde trabalham apenas o tempo suficiente para ganhar o dinheiro necessário para financiar sua próxima aventura.
Parece tudo muito vago e apesar de, ao ler, conseguires ter uns palpites sobre a âncora em qual te encaixas, gostavas de realmente entender como guiar a tua carreira com base neste modelo?
Utiliza o modelo abaixo – faz download, imprime (ou não!), preenche e descobre como nortear as tuas decisões neste aspecto.
E agora, o plano de ação
Este link tem o caderno da swot + o action plan baseado na tua swot. Olha para a tabela e mete em texto o como proceder
Completaste a análise swat que proposemos no separador anterior? Óptimo. É hora de traçar um plano capaz de materializar tudo o que queres e pretendes, de acordo com quem és e com a carreira que queres alcançar.
É importante que tenhas em mente todos os capítulos anteriores e, no quadro que encontras abaixo, lista as principais aprendizagens e possíveis coisas que possas já fazer que tenhas identificado durante a tua análise SWOT.
Categoriza cada uma dessas questões – se é algo que podes fazer imediatamente, um hábito a mudar (um comportamento que precisas de começar a ter ou que tens de eliminar), algo para aprender (a longo prazo – pesquisa, estudo ou reflexão), ou indica até pessoas ou grupos com os quais poderias construir – ou quebrar – conexões.
OU SEJA,
Para cada uma das categorias S-W-O-T irás descobrir e apontar: algo que podes aprender, coisas que podes fazer desde já,
Agora, é hora de agir. Apesar de ser claro necessário ser realista, evita procrastinar.
Vai em frente!
DICA
Lembra-te de revisitar e repetir a tua análise
regularmente, para que estejas sempre por cima neste jogo.
Se de facto colocares o plano em prática, a tua análise SWOT e o teu plano de acção serão alterados constantemente!